Entenda como essas figuras mal vistas pela sociedade se transformaram em sinônimo da luta pela liberdade de informações na internet.
Porém, mais recentemente, parece que houve uma grande inversão nessa situação. Basta verificar as notícias relacionadas ao Anonymous e ao LulzSec publicadas pelo Tecmundo para ver que, atualmente, não só as atividades desses indivíduos são vistas com bons olhos, como para muitos eles se transformaram em verdadeiros heróis da internet.
Hackers são “do bem” ou “do mal”?
Falar que hackers são “bons” ou “maus” é reduzir a uma visão muito estrita as atividades de um grupo muito amplo de pessoas. Caso eles não existissem, a história da computação poderia ser bastante diferente: nomes como Bill Gates e Steve Jobs, normalmente associados a corporações sisudas, iniciaram sua carreira modificando aparelhos construídos por outras empresas, algo considerado ilegal na época — entre os resultados desse tipo de atividade, está o computador pessoal como o conhecemos atualmente.
Porém, não é possível esquecer que existe o lado assustador da história. Muitos hackers utilizam seu conhecimento para obter informações sigilosas que são usadas em proveito próprio ou simplesmente se divertem prejudicando o trabalho dos outros. Para evitar confusões, é preferível usar o termo “cracker” ao se referir a esse tipo de pessoa em específico.
O “hacktivismo”
Embora não seja possível apontar com exatidão o momento em que a noção de hackers como heróis da internet passou a ser a mais aceita, é fácil entender os principais responsáveis pela mudança. O LulzSec e o Anonymous são os principais responsáveis pelo que ficou conhecido como “hacktivismo”, palavra que designa invasões feitas como forma de protestar contra uma situação ou que tenham como objetivo expor informações sigilosas sobre corporações que prejudicam a população em geral.
Vale notar que esse conceito não surgiu ao mesmo tempo em que os grupos (no caso do Anonymous, diversas facções reunidas por uma ideia em comum). Inicialmente, as ações perpetuadas por ambos nada tinham a ver com ideologias ou liberdade.
O Anonymous, por exemplo, era conhecido por invadir servidores do jogo Habbo Hotel, enchendo a tela com xingamentos (alguns deles de cunho racista) e memes surgidos nas profundezas do 4Chan. O LulzSec também teve sua dose de “brincadeiras”, chegando a publicar no site neozelandês da PBS a notícia de que o cantor Tupac Shakur estava vivo.
http://www.tecmundo.com.br/ataque-hacker/22199-hackers-de-marginais-a-herois-da-era-digital.htm